Sabe
aquele vazio que preenche seu peito?
Sabe
a lua que ilumina o velho quarto escuro?
Sabe
as calçadas caladas que já viveram tantas historias?
Sabe
as palavras que durante tanto tempo guardei calado?
É
tudo seu... Até eu... Simplesmente teu... Ó rainha.
Sabe
a espera que gera a esperança de um pobre coração?
Sabe
o sorriso que abre quando escuta seu nome?
Sabe
o que é tentar, mas nunca ser capaz de esquecer alguém?
Sabe
como é andar sem direção com um encontro na cabeça?
É
tudo igual... Nada normal... Mais um
mortal... Ó rainha.
Rainha...
Sabe o que esperar todo o tempo e o tempo todo?
Sabe
o que é acreditar em um sentimento mesmo sabendo que talvez não exista?
Sabe
o que é querer dizer ´´te amo´´ depois de guarda por tanto tempo pra si somente?
Sabe
o que é ser castigado por todas as lembranças de uma semana revira e mexe volta na minha mente?
É
tudo medo... Tão cedo... Pena que retrocedo... Ó rainha.
Será
que alguém já tocou seus lábios e não se apaixonou profundamente?
Será
que é passageiro assim como todas as palavras ditas em vão?
Será
que é possível não rir de suas loucuras ou não ficar confuso com suas ordens?
Será
que é possível esquecer? Lembrar? Jurar? Esperar? Acreditar?
No
fim meu coração se contenta por te esperar, acreditando que um dia vai reviver
o sonho.
Mas
meu corpo já desiste da espera por não acreditar que tudo pode se repetir.
E
é no meio de tantas duvidas e incertezas que eu me perco e me encontro nesse
desejo.
Talvez
rainha, seja eu tudo que tu pensa.